Prison of Oblivion
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[FP]Ziemowit, Ayra Wlodzrek.

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Mensagem por Ayra Wlodzrek Ziemowit Sex Jul 17, 2015 12:01 am

Ayra Wlodzrek Ziemowit
Magnetocinese | dezessete | Suécia | Clever | Heterossexual
There's just one life to live. So have courage and be kind.
personality
Sobre Ayra a primeira coisa que deve saber é: você nunca saberá tudo sobre ela. Ayra não é exatamente o que chamamos de livro fechado, mas ela também não é do tipo que mostra demais sobre sua vida, apenas o necessário. Com essa ressalva, podemos descrevê-la como uma garota de sorriso largo, olhos brilhantes e tendência a ser gentil. Não confunda sua gentileza com bondade, Ayra pode ser boa, mas não com frequência. O que a garota é, sabe que é e não teme esconder, é o que chamamos de espírito livre. Aventureira, corajosa, destemida, audaciosa, todos esses adjetivos cabem perfeitamente na garota de cabelos castanhos que ama a doce sensação do sangue correndo velozmente nas veias, alterando os batimentos cardíacos, tornando a respiração ofegante e a temperatura corporal elevada. “O suor é o resultado de um trabalho bem executado”, uma das frases que ela leva consigo. Brincalhona e extrovertida, gosta de trotes, de experimentar, de viver. Não pense, tampouco, que Ayra é perfeita. Ela tem seus – muitos – defeitos. A garota tem o gênio forte: é orgulhosa e, por vezes, irônica. Esperta, sabe usar as palavras a seu favor e sabe como cutucar as feridas alheias. Apesar de ser vista como “estouradinha”, “explosiva” e “espontânea”, Ayra também sabe a hora em que deve ficar quieta e apenas observar, calcular, repensar. Dos olhos azuis elétricos da garota, quase nada passa despercebido. Hospedeira de sentimentos diversos e distintos, Ayra é a brisa refrescante no calor do verão, mas pode ser o furacão desconcertante e sempre um mistério a ser revelado.
life story
Aleksen e Yulia eram jovens quando conceberam o primeiro casal de filhos: os gêmeos Ethan e Johann. Dois anos depois, veio a alegria da casa: Ayra. É incontestável que a família é abastada financeiramente. Aleksen era chefe de estado na capital da Suécia, Estocolmo, e Yulia formada em medicina veterinária.

Ato I.


Foram anos absolutamente felizes. Claro, toda família tem seus problemas, mas os cinco Ziemowit conseguiam passar por eles com graciosidade, espantando até mesmo os mais otimistas credores em famílias. É fácil viver feliz quando se tem bastante dinheiro, terras em todo canto do mundo, podendo escolher onde se quer viver e como viver. Claro. Mas, nem tudo são flores. Os primeiros filhos não tiveram grandes problemas com o "dom", porém a última sim. Ayra, a princesa da casa, sempre foi diferente. Era elétrica demais, energizada demais, não conseguia ficar quieta, aventureira a ponto de fazer parkour em qualquer canto da casa. Os pais decidiram tomar todo o tempo – e energia – da menina a colocando em aulas de tudo quanto era coisa: desde pintura até equitação, esta última sendo a verdadeira paixão da pequena. Ayra se sentia tão bem sobre um cavalo que era como se os dois fossem um só. Os pais, vendo que estavam fazendo o bem para a garota e conseguindo prendê-la em uma verdadeira paixão, apoiaram-na quando, aos sete anos, decidiu entrar para disputas de hipismo. Era uma grande esportista, herdara o amor da mãe aos animais e o carisma do pai quanto à convivência com as pessoas. Uma verdadeira princesa dos tempos modernos. Encantava a todos com sua graciosidade, destemor e alegria. Vencia campeonatos, perdia-os também, mas sempre mantendo o sorriso no rosto. A quantidade de troféus e medalhas foram ganhando espaço no quarto da menina e cada vez mais ela alimentava seu sonho de disputar olimpíadas e seguir a carreira da mãe ao escolher a faculdade. No entanto, aos dez anos, ela viu seu sonho morrer.

Ayra estava afundada em um pesadelo do qual não conseguia acordar. Tantas pessoas correndo atrás dela, queriam pega-la, mas não conseguiam. Ela era ágil e estava montada em seu garanhão, Tariq, mas ele tampouco a obedecia. Ela tinha que ir atrás dos pais, que estavam em um abismo, além dos irmãos, perdidos na floresta. Este era o sonho, ela tinha que escolher. Era impossível escolher entre sua família. O que ela faria? Ficava cada vez mais nervosa, os batimentos cardíacos – tanto no sonho quanto na realidade – estouravam no peito, a respiração ofegava e tudo o que ela via era escuro. Lágrimas escorriam pelos seus olhos e, repentinamente, nem mais cavalo ela tinha. Estava sozinha e isolada em um buraco fundo. Mas haviam metais que simplesmente vinham em sua direção, reluzentes. Ela reconhecia cada medalha no sonho, cada troféu que tinha ganhado. Seus pais tinham ficado tão orgulhosos assim como seus irmãos mais velhos. ¬Só que agora ela não tinha mais nada. Nem pais, nem irmãos. A fúria foi subindo, ela sentia os olhos arderem pelo sal das lágrimas, o sangue acelerar, as veias latejarem e um gosto férreo na boca. – EU NÃO QUERO MAIS VOCÊS! – Gritava para as premiações, que ainda a rodeavam como um grande redemoinho. A única coisa que ela pensava era que não adiantava premiações se não tinha mais com quem dividir a alegria. E ela continuava a gritar e rejeitar a ideia de que havia perdido tudo. Tudo o que ela via em sua frente eram os materiais se desintegrando, um a um, tomando formações distintas. Não eram mais troféus ou medalhas, eram objetos desfigurados pela fúria. Era a única forma de deixar a raiva sair. Ela não precisava toca-los, só precisava desejar...

Fora acordada de súbito com o barulho de um grito. Ayra estava a alguns metros do chão e, quando deu em si, fora acolhida pelos braços de seu pai. A mãe chorava sentida ao redor de um dos irmãos que estava caído inconsciente do outro lado do quarto onde havia a prateleira de premiações da menina. Ela estava confusa e mal sabia o que tinha acontecido. Enquanto era possuída pelo pesadelo, seu irmão havia sido arremessado por ela quando tentou segura-la ainda sonâmbula quando os pés da garota deixaram o chão. As premiações verdadeiramente se transformaram em figuras abstratas, algumas caíram no chão, a maioria foi desintegrada em diversos pedacinhos. Ayra sentia-se cansada, a respiração ofegante. Mas não era apenas as premiações. Seu quarto estava revirado, nada estava no lugar. Mesmo com a visão ainda turva pelo pesadelo, olhou para suas próprias mãos e constatou as veias dilatadas e sobressalentes. Sentiu o gosto de sangue na boca e constatou, ao levantar a mão, que escorria sangue de seu nariz. Assustada ela se agarrou ao pai e tudo o que ele dizia era “vai ficar tudo bem, princesa, nós vamos te defender.” Sem forças para mais nada, acolheu o torpor como um amigo e tudo ficou escuro novamente.

Ato II.


Ayra passou três dias desacordada depois do ocorrido. Os vizinhos do condomínio onde a família morava denunciaram o barulho aos guardas do estabelecimento. Haviam testemunhas demais e nada que Aleksen pudesse fazer para proteger sua família a não ser fugir. O chefe de estado tinha ciência sobre as coisas que aconteciam, ele era um dos poucos que sabia que sua filha seria procurada por longos dias até ser capturada e levada para só Deus sabe onde. Sendo assim, antes que a notícia se espalhasse e as suspeitas fossem concretizadas, Aleksen se afastou do cargo que ocupava, contratou uma UTI aérea para transportar Ayra e, junto com a família, fugiram da Suécia. Ayra desmaiou em Estocolmo e acordou no Brasil, mais precisamente no pantanal matogrossense. Ela era apenas uma criança assustada em um lugar completamente diferente de onde havia nascido. Havia muito verde e ar puro... A fazenda onde eles estavam cheirava a lar. Por mais estranho que fosse o clima novo, Ayra sentiu-se tão bem naquele local que até se recuperou mais rápido do que o previsto. A casa da fazenda era tão luxuosa quanto a casa em que eles moravam na Suécia. Era tudo muito lindo. Aleksen e Yulia apenas esperaram a garota recuperar totalmente suas forças para explicar o que havia acontecido. Nos pensamentos da garota era impossível, mas seu corpo, de alguma forma, mostravam a ela que era sim possível. E não era apenas ela que tinha esse “dom”. Seus irmãos também possuíam. Ethan e Johann controlavam água e terra, respectivamente, mas eles se descobriram logo nos primeiros anos de vida e, com isso, puderam manter-se escondidos por mais tempo. Ela não. Foi uma explosão de poder que quase destruiu uma casa inteira em um condomínio luxuoso na capital da Suécia, claro que isso chamaria atenção dos vizinhos e, consequentemente, de outras pessoas que não viam o dom como uma benção. Ela tinha uma ligação com os metais, com o magnetismo. Ayra, apesar da pouca idade, tinha maturidade suficiente para entender. Ela precisava desenvolver o controle de seu dom ao mesmo tempo que precisava manter-se escondida. Isso significava deixar tudo para trás, absolutamente tudo, até mesmo abandonar seu esporte. Ela não podia mais competir, deveria ficar absolutamente oculta ou eles, quem quer que fossem, iriam atrás dela e de seus irmãos. A questão era ter que recomeçar no meio do “nada”. Sua mãe olhou no fundo de seus olhos e disse: você só precisa ter coragem e ser gentil.

Anos se passaram e Ayra facilmente se acostumou com a vida que levava. Estudava em uma das melhores escolas privadas que tinha perto da fazenda onde morava, aprendeu a controlar seu dom além de ter a companhia dos cavalos, animais que tanto amava. Nunca deixou de treinar hipismo, mesmo na área improvisada na fazenda, e adorava ficar por conta de cuidar de tudo na fazenda junto com o pai, a mãe e os irmãos. A menina foi crescendo, se tornou uma moça encantadora e dona de sentimentos adolescentes. Apaixonou-se e foi igualmente retribuída por um jovem rapaz de olhos amendoados, cabelos escuros, pele branca, entretanto era bronzeado por conta da grande exposição ao sol, e sorriso encantador. A cada dia eles descobriam uma coisa diferente juntos. Ayra e Bran eram tão ligados que decidiram fazer algo juntos que os uniria para sempre, de certa forma. Uma tatuagem que hoje a garota estampa no lado esquerdo do corpo na altura das costelas. Uma bússola. “Não importa onde estamos, sempre teremos um norte para nos guiar de volta para casa.” Bran disse ao terminar sua tatuagem igual a de Ayra e entregou um colar a garota com um pequeno pingente de cavalo que tinha a marca B em seu "lombo". Foi exatamente na volta para casa que tudo desandou.

Ato III.


Ayra e Bran estavam no banco de trás da caminhonete, voltando para casa. Aleksen dirigia e tinha sua esposa ao lado. Ouviam música, conversavam e riam, estavam se divertindo. Conversavam sobre o futuro, os planos que cada um tinha. O casal de jovens estavam no último ano do ensino médio, logo teriam que escolher uma carreira e era esse o assunto.  As coisas aconteceram muito rápido: o carro vindo na direção deles completamente desgovernado, a batida, o capotamento. A caminhonete onde Ayra estava manteve-os com poucos machucados graças ao cinto de segurança e os airbags, mas o outro carro estava completamente destruído. Ela ouvia gritos de socorro. Ela precisava ajudar. Os pais de Ayra estavam desacordados, mas Bran não. A primeira coisa que ela fez foi chamar socorro via celular, do outro lado da linha disseram que chegariam em meia hora. Era demais. Desapegou-se do cinto de segurança e saiu do carro mancando com a perna direita indo em direção ao outro veículo, sendo seguida por seu namorado. Já ao lado do carro, constatou que havia um casal ali, presos nas ferragens. Ela tinha força para tira-los dali e sabia disso, mas ambos estavam acordados. Como ela faria sem chamar atenção? Era impossível. Mas eles estavam machucados na cabeça, Ayra poderia culpar o acidente de alucinações caso fosse interrogada. Olhou para Bran com receio, sabendo que se ele visse poderia perdê-lo. Mas ela tinha que correr esse risco. Antes, tomou os lábios de Bran em um beijo carinhoso, claramente com gosto de despedida, e sussurrou em seu ouvido. – Não importa o que aconteça, saiba que eu sempre vou te amar. – Dessa forma, a garota se virou para o lado dos feridos e deixou que fluísse. Canalizou a energia que podia, concentrou-se em apenas sentir... E sentiu, como se cada pedacinho do seu corpo se energizasse, os pelos dos braços arrepiaram, as veias dilataram assim como as pupilas. Era como se ela tivesse tocando os metais, como se eles tivessem vida e respondessem ao seu comando. “Para direita, esquerda, desintegre, sobe, desce, esquerda, cuidado com a perna do rapaz, relaxe o aperto nos ombros da moça, afastem-se deles...” Eram pequenos comandos até que as ferragens afrouxassem do corpo dos jovens. Os olhos arregalados do rapaz, que estava do lado da direção, se arregalaram. Ele olhou de Ayra para as ferragens e novamente para ela. – Corre. – Sussurrou baixinho, mas alto suficiente para que ela ouvisse. – Corre! – Repetiu, dessa vez com mais ímpeto. – Eles estavam atrás de mim, eles estão aqui. Corre! – Mas, quem eram eles? Ayra olhou para trás e obteve a resposta. Eram homens de preto com um sorriso nada agradável nos lábios. A primeira coisa que ela pensou foi em Bran, tinha que protege-lo. Mas não ouve tempo para isso. Rápido demais, ela sentiu três picadas: uma no pescoço e duas na altura do peito. Sentiu as pernas bambearem, não havia força para nada, por mais que ela tentasse. O chão estava morno, ela sentia cada uma das propriedades metálicas que tinha ao seu redor, mas nenhuma delas respondia a seus comandos, pedidos. “Cuide deles pra mim, Bran. E cuide de si mesmo. Por favor. Eu te amo.” E o torpor, pela segunda vez na vida, a tomou.

Final.


Se da primeira vez ela dormiu em Estocolmo e acordou no Brasil, dessa vez ela dormiu no Brasil e acordou entre quatro paredes. Era, absolutamente, uma cela. Ela estava presa. Ao seu lado uma voz soou melancólica. – Seja bem-vinda ao inferno.
delict
Ayra apenas estava no lugar errado na hora errada. Ela foi pega tentando ajudar um casal que bateu no carro em que ela estava, não sabendo que aquele carro carregava dois outros mutantes que estavam sendo perseguidos por representantes de Oblivion no Brasil.
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Mensagem por Anthony Quinzel Sex Jul 17, 2015 2:08 am


Aprovado



Se eu tivesse que descrever aqui tudo o que achei da sua ficha, eu não terminaria nunca de escrever, então vou resumir: Criativa, empolgante, divertida, bonita, trágica, cativante. Essas são só algumas das palavras que eu uso pra descrever o que eu acabei de ler. Você escreve muito bem, tem uma ótima história para trabalhar e parece que veio para ficar. Espero que continue assim, ou que melhore, porque eu com certeza quero ver você mostrar esse seu talento aqui.

Bem-vinda a Oblivion.
Anthony Quinzel
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