Prison of Oblivion
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Mensagem por Tess Wawrzyniec Sáb Jul 18, 2015 6:14 pm


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A postagem se inicia entre Möa Gustaw Walter e Tess Wawrzyniec e está fechada para qualquer um que não tenha sido convidado por uma das duas. Passa-se esta em uma quinta-feira no turno matinal, nas estufas de Oblivion. O clima é cinzento e chuvoso, apesar de ainda não se ter visto uma única gota cair do céu - pelo menos, por enquanto. O conteúdo é livre (para todos os públicos) e a postagem está em andamento.



Tess Wawrzyniec
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Mensagem por Tess Wawrzyniec Sáb Jul 25, 2015 11:59 am

a knife

twists

at the thought

Seria loucura afirmar que talvez eu não ache Oblivion tão ruim assim? Provavelmente. Acredito que alguns — o próprio Mikka, meu companheiro de cela e a pessoa com quem eu tenho mais contato nesse pedaço de fim de mundo — seriam capazes de gritar comigo até me fazer mudar de ideia e eu querer fugir na primeira oportunidade que aparecer. Mas, ainda assim, eu mantenho minha palavra: a prisão até que não é tão terrível quanto se apresentou em um primeiro momento. Tudo bem, a comida é uma gororoba incrivelmente sólida, o colchão fede a mofo e as roupas são trapos feitos de sacos de batata, além dos guardas serem mal educados e grosseiros... mas mesmo assim eu não consigo pensar que essa vida é pior do que a que eu levava antes, trancada dentro de casa com um círculo social limitado aos empregados que limpavam meu chão. Na verdade, a perspectiva desse pensamento é que me assusta de verdade. Não as torturas a que posso passar aqui dentro, não a exclusão ou a minha auto avaliação como um monstro — o que me faz os joelhos tremerem é a ideia de que posso, um dia, retornar ao "lar".

Outra coisa que também me assusta é ter de falar isso para Mikka. Ele provavelmente não entenderá. Consigo visualizar o seu semblante tranquilo tornando-se uma carreta de fúria enquanto sua voz calma vira um grito. Sou capaz de adivinhar o que ele fará — primeiro, me chamará de louca, insana, idiota. Não que eu não seja ou que eu discorde ou que ele não saiba disso, mas Mikka com certeza fará questão de reforçar quão insanamente estúpida minha mente provavelmente é. Depois, ele surtará. Posso imaginar que ele saia pisando duro da cela, xingue alguns guardas, arrume encrenca para depois ser arrastado de volta para o problema que eu vou representar. E, depois, eu espero que ele entenda e que aceite minha ajuda para fugir com sua amiga desse lugar, mesmo que eu não vá junto. Espero que isso aconteça. Quase rezo a uma força superior em que nem acredito para que ele esqueça o assunto e fuja sozinho para o mundo que lhe promete muito, ainda. E eu sinceramente acho que isso vai acontecer. Não é como se eu fosse de grande importância a ponto dele ficar ou tentar me convencer. Não. Não quero isso. Antes sozinha do que fazendo mal a alguma outra pessoa.

Mordisco meu lábio inferior, fechando os olhos lentamente, perdida no oceano de pensamentos que sacodem o barco que represente meu ser. Há, ainda, uma parte de mim que acha que ele não se importará. Quer dizer, nos conhecemos há tão pouco que pensar que ele talvez se importe em me deixar para trás é ridículo. Penso em como será contar isso — minha decisão em ficar — para Mikka enquanto sinto o resquício do que um dia foi o sol tocar minha pele. O dia está cinzento e tristonho, carregado por uma brisa que faz meus cabelos voarem calmamente. Melancólico. Quase triste, com as nuvens que parecem pesar uma tonelada cobrindo a luz solar. Parece que alguém — sabe-se lá quem — virou uma tigela feiosa, manchada e velha sobre o mundo, cobrindo-o com a porcelana cinza que um dia foi branca. Meus dedos brincam com o tampo da mesa de madeira em que estou sentada, que parece tão velha que me admira que não tenha se desintegrado com meu peso. Algumas farpas entram em meus dedos, mas não machucam o suficiente para eu me incomodar com elas. Na verdade, preciso admitir que estava sentindo até falta da sensação de dor. Faz muito tempo desde que toquei em alguma lâmina pela última vez.

Afasto todos os pensamentos que ameaçam me tornar uma náufraga em mim mesma — as farpas, a melancolia do dia, minha decisão de ficar, Mikka — e entrego-me ao momento. Pensar no que eu farei me deixa confusa e incrivelmente desanimada, embora isso não faça o menor dos sentidos. Suspiro. Pisco algumas vezes para, então, fechar os olhos. Tento não sentir nada, me misturar a paisagem como um camaleão. Mas parece simplesmente impossível fazê-lo. Primeiro por eu ser eu — duvido que em qualquer lugar do universo eu pudesse me sentir bem, completa, em casa, fazer parte do ambiente. E, em segundo lugar, pelos garotos que estão ameaçando bater em um menino menor — que deve ter entre treze e quatorze anos, o que é pouco para a quantidade de verdadeiros delinquentes juvenis que Oblivion abriga — apenas por diversão. Não consigo evitar uma bufada irritadiça ao fitá-los. Idiotas.

Mas o que me parte o coração é ver o medo estampado no olhar do menor. Ele está realmente com medo. Isso me incomoda. Tiro as palmas das mãos da mesa e junto-as, apoiando os cotovelos em meus joelhos e naturalmente me inclinando pra frente. Um sorrisinho brota nos cantos de meus lábios quando pouso meus dedos sobre meu braço e me belisco, tendo em mira o valentão que parece o chefe. Ele se assusta com o beliscão que toma sem sequer ser tocado. Certa de que estou fazendo isso por alguém e que não prejudicarei ninguém seriamente, como nas últimas vezes em que usei meus poderes, continuo. Me belisco, puxo minhas próprias orelhas e me dou tapas leves e sutis na coxa — nada muito exagerado para que ele não note. Posso ver que alguns seguram o riso e outros tentam ajudar o companheiro. A vítima já deu um jeito de escapar — graças a... mim. Acabo de ajudar alguém com meus malditos poderes. E, meu Deus, como a sensação é boa.

Mas então eles me notam. Não sei se é por que batuco em minha perna muito forte e isso acaba chamando atenção ou se por que sou a única ali fora eles. Só sei que o olhar deles diz muito. E os punhos cerrados, também. Não espero nenhuma outra reação que indique o óbvio — eu sou a próxima — e me levanto em um salto, ficando de pé no banco de madeira velho que range ao sentir meu peso — que, em minha defesa, nem é tanto assim. Faço uma coisa extremamente esquisita, então: fito-os nos olhos e dou um soco em minha própria cara, usando toda a força que tenho. Milagrosamente, vejo todos os quatro garotos se encolherem — quer dizer que posso acertar mais de um ao mesmo tempo? Fantástico. Dou um soco em minha boca do estômago e não espero para ver a reação deles antes de sair correndo o mais rápido que consigo.

Minhas pernas doem e eu não vejo para onde corro, apenas o faço. Só paro quando não os ouço mais atrás de mim e quando minhas pernas doem a ponto de, se eu der mais um passo, a probabilidade de me manter de pé é inexistente. Minha respiração é ofegante e parece que volto a enxergar só quando já estou parada, mas ainda assim a visão é embaçada. Arfo em busca de ar e meus pulmões doem quando volto a respirar normalmente. Apesar de estar fodida, a sensação de vitória é incrível. Espio por sobre o ombro para me certificar de que eles não estão na minha cola antes de adentrar mais ainda as estufas — lugar que, aleatoriamente, vim parar. Há, obviamente, várias folhagens e plantas dos mais variados tipos, cujos nomes eu sequer faço ideia de quais são. Suspiro novamente, olhando ao redor e adentrando cada vez mais o local, que parece tão normal quanto deve ser. Só uma coisa foge de sua normalidade, porém. Noto-a ali no canto, quieta como uma coruja que observa a noite. Ela está de costas, mas posso ver que tem mais ou menos o meu tamanho e é loira. E suas roupas estão sujas. Me pergunto o porquê. — Se escondendo, também? Ou está esperando alguém? — Pergunto, levada pela curiosidade pura e absoluta.

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Mensagem por Möa Gustaw Walter Qua Jul 29, 2015 9:07 pm

stranger

So all the cups got broke and there are Shards beneath our feet, But it wasn't my fault. We live in cities you'll never see on a screen, Not very pretty But we sure know how to run things.
E
u não sabia qual era a de andar por ai como uma morta. Não me entenda mal, minha mãe me ensinou a andar direito. Mas uma garota pálida, com cabelos quase brancos e com roupas escuras andando de um lado para o outro dentro de uma prisão gélida, não era a imagem que alguém queria encontrar no meio da noite, ou no meio do dia. Já era de manhã, e nossas celas tinham sido abertas há algum tempo agora. Meu colega de cela não estava mais presente ali, mas eu não me importava muito com isso, eu mal sabia seu nome.

Minhas pernas cruzaram em cima da cama. Eu não conseguia apagar a frase da minha cabeça de nenhum jeito. Era como se a imagem de Mikka estivesse sempre presente ali, e suas palavras me rodando pelo corpo inteiro: "Você não sumiu por um dia. Nós estamos aqui há um mês. Você não se lembra do que fizeram com você?". Meus olhos se fecharam e um suspiro saiu de minha boca. Eu não entendia. Eu simplesmente não conseguia entender como eu tinha apagado durante trinta dias. Eu não tinha entrado em choque, eu não tinha batido a cabeça. Era uma sensação horrível. Era como se toda a verdade tivesse sido sugada de você, e nada mais fazia sentido em sua vida. Pelo menos era como eu me sentia. Eu me sentia perdida, como se eu estar ali estivesse ligado à algo maior que eu. Maior que todos nós. E eu simplesmente não conseguia me lembrar de nada.

Hoje o Sol tinha dado o ar de sua graça. Alguns detentos o aproveitavam os raios mornos e tomavam banho de sol em cima do cimento do lado de fora das celas, outros brigavam entre si. Eu? Eu andava por aí, tentando conhecer um pouco mais daquele inferno que eu teria que viver talvez pelo resto da minha vida. A piscina abandonada era um lugar legal para ficar quando se queria pensar. Quer dizer, isso quando não tinha nenhum encrequeiro ali. Mas hoje eu estava curiosa. Um dos pesadelos que eu tive me deixou um pouco encucada. Se eu tinha quase envenenado minha família inteira, porque diabos eu não tinha envenenado o menino que eu tinha beijado antes de Mikka abrir o chão? Ou será que eu tinha? Eu precisava fazer alguns testes.

Meus pés me levaram para a Estufa da prisão. Não era nada bonito, muito menos bem cuidado. Era um espaço com uma mesa no meio, uma meia dúzia de banquinhos de madeira e algumas flores e folhas secas, e algumas até verdes. Imaginei que alguém fosse ali cuidar delas de vez em quando, mas aquilo não importava muito. A porta rangeu quando eu a abri, e eu rezei para que não tivesse ninguém ali. Afinal, não seria bonito alguém ver uma garota cuspindo em pobres plantas. Mas eu não sabia como resolver mais isso. Eu não sabia como descobrir mais sobre meu poder. As únicas coisas que eu sabia eram: Minha saliva era envenenada, porém, era sempre? Também sabia que quando eu me estressava, minha visão ficava completamente vermelha, como se fosse uma visão à base de temperatura corporal, e algumas partes do meu corpo criavam escamas. Mas eu conseguiria algum dia controlar isso? Meus machucados se curavam quando aquele pedaço de pele machucado trocava por uma pele nova. Mas quão fundo poderia ser o corte para que a troca de pele realmente ajudasse?

Sentei de frente para uma planta que estava um pouco mais verde, para minha sorte. Arranquei um pedaço seu e o coloquei em minhas palmas enquanto juntava saliva na boca. Tantas coisas passavam em minha cabeça no momento. E se a planta não queimasse? Eu poderia algum dia namorar alguém? A última pergunta me pegou de surpresa. Eu sabia que não era um alguém qualquer. Mas eu não podia colocar Mikka em risco. Não à ponto de matar meu melhor amigo. Talvez eu não gostasse realmente dele, Talvez fosse só uma confusão em o que é namorar e ser amigo. Balancei a cabeça de um lado para o outro, esquecendo a preocupação passageira. Levei meus lábios para a planta e deixei que minha saliva caísse em cima da mesma. Limpei a boca com as costas de uma de minhas mãos, e meus olhos não deixavam a planta por um minuto. Esperando, e esperando para que alguma coisa acontecesse. E então a porta se abriu, e uma voz me tirou de meus devaneios. Levantei a cabeça e virei meu corpo em cima do banco, dando um sorriso leve.

-Nem um, nem outro. -Soltei uma risada calma e joguei os cabelos para trás. A garota me olhava com olhos curiosos e respiração ofegante, que eu achei melhor não comentar. -Vim fazer alguns testes. Mas não se preocupe, não vou explodir a estufa, nem nada. -Segurei a planta com mais cuidado em minhas mãos, observando o olhar curioso da garota. -Me chamo Möa, por falar nisso.

estufa • tess • partner
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