[RP] Bloodstream

tonight we can have a little fun

good night?

– Mais um dia de bosta em um lugar de bosta. – Deixei escapar um suspiro por entre os lábios antes de abrir o chuveiro e deixar a água fria massagear meus músculos. Desde quando cheguei em oblivion havia me acostumado a tomar banho depois que todos saíssem. Era reconfortante tirar um momento do dia para ouvir nada além do silêncio. Às vezes, se me esforçasse o suficiente, eu até conseguia imaginar que estava de novo em Oxford, na casa antiga, esperando minha mãe avisar que o jantar estava pronto. Balancei a cabeça negativamente, passando a mão nos cabelos e puxando-os com certa violência. – Foi em outra vida. – Finalizei qualquer possível pensamento sobre o passado.


Haviam se passado algumas horas e eu agora me encontrava na cela, deitada no colchão. Tinha a cabeça apoiada em cima de um dos braços e meu olhar era fixo no teto. Já fazia um tempo que pesadelos me atormentavam então me acostumei a enrolar o máximo para dormir, tendo assim apenas duas horas e meia de sono toda noite. Geralmente passava as madrugadas contando as rachaduras do teto ou contando os famosos carneiros. Aos poucos comecei a ouvir os costumeiros passos do lado de fora da cela. Era a ronda noturna. Mas algo estava diferente. Os passos não seguiram, eles pararam. Focalizei o olhar na porta da cela e não pude deixar de levantar uma das sobrancelhas ao ver uma mulher entrando. Seja lá quem for, tinha um corpo escultural. Seus atributos eram todos muito bem distribuídos, pelo que pude notar na rápida olhada. Ela começou a falar e se aproximou, sentando na beira da cama. – Se for sobre alguma merda que aconteceu, já aviso, não fui eu. – Falei, direcionando meu olhar de volta ao teto. Harmonie – como se identificou – era uma sentry. Supus que quisesse saber de alguma coisa e que eu fosse a culpada da vez. Como sempre. - Passei o dia na cela, fui tomar banho e voltei. Não tive tempo para ser cúmplice de nada. – Cocei o queixo, voltando a olhá-la.

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good night?

Era estranho a forma como ela se comportava para um sentry. Quase todos – independente do sexo – eram as pessoas mais despreziveis que eu já tive o desprazer de conhecer, mas Harmonie parecia ser verdadeiramente gentil, pelo menos comigo. Não sei se é algo bom, afinal o trabalho dela é cuidar de prisioneiros. Mas é possível que ela tenha um lado bem perigoso que eu não conheço. Sim, isso faz mais sentido. Fui bruscamente cortada de meus pensamentos quando senti uma de suas mãos em cima da minha coxa. Levantei novamente uma das sobrancelhas, agora em completa confusão. Desci o olhar para sua mão enquanto a ouvia falar. – Falando a verdade? Parece bem impossível sim. Alguém como você vir para cá me fazer companhia? Totalmente impossível. – Voltei a encara-la. Nunca fui do tipo que deixo as pessoas se aproximarem para conversar, o que dirá me tocarem de surpresa. Porém eu não a machucaria. O pensamento nem passou pela minha cabeça. Apenas deixaria as coisas seguirem. Agora estava bastante curiosa para saber onde isso ia chegar.

– Nos distrair juntas, você diz? – Questionei. Recolhi meu corpo para ficar sentada na cama igual ela estava. Apoiei as costas na parede e passei a língua nos lábios, umedecendo-os. – Harmonie. – Testei seu nome, curiosa de como sairia. Balancei a cabeça de forma positiva, dando um fraco sorriso de canto. – Bonito nome. Faz jus a ti. – Falei sincera antes de dar de ombros e mergulhar as mãos dentro dos bolsos da calça. - Me diz, o que tem em mente para essa noite?

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good night?

Não pude deixar de notar que havia uma certa tensão no ar, provavelmente devido a quantidade de flerte que Harmonie direcionava para mim. A situação era deveras divertida e interessante do meu ponto de vista. Eu já havia passado por situações assim, mas nada nunca dessa magnitude. Me perguntava até quando conseguiríamos seguir com esse jogo de toques e olhares. Foi impossível não fixar o olhar para seus lábios quando a vi enrolar uma pequena mecha de cabelo por entre os dedos. Ela era sexy. Tudo nela exalava sensualidade. Desde sua voz, até a forma que seu cabelo estava penteado. E isso tinha seu lado bom. – De vez em quando um pouco de ousadia até que faz bem. – Percebi que ela aproximou o corpo do meu porque nossos braços agora estavam se tocando. Permaneci ali e aproveitei a oportunidade para retribuir o toque na coxa que ela havia me dado pouco tempo atrás. Apenas apoiei a mão em cima da sua perna, buscando chamar sua atenção. – Acho que podemos tentar descobrir juntas o porquê de você ter vindo aqui, não acha, Harmonie? – Saboreei novamente o seu nome na língua apenas por alguns segundos. Tinha um gosto muito bom. Era diferente, doce, eletrizante, viciante. Retirei a mão de sua perna para arrumar os cabelos, jogando-os para trás de forma desorganizada. - Eu queria ter algo para te oferecer. Água ou algo assim. Não sei quanto tempo passou andando na ronda. - Mais uma vez busquei seus olhos com os meus. Essa ação já parecia estar virando rotina ali.

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good night?

Senti um arrepio na nuca e fiquei levemente atordoada quando ela abriu o sorriso ao olhar em minha direção. Só Deus sabe o quanto eu gosto de sorrisos, então foi quase que impossível não descer os olhos para os lábios dela e assim que o fiz, Harmonie tocou em minha nuca de uma forma tão delicada que eu nem achei que estivesse segurando, para então juntar nossas bocas. O beijo foi leve. Apenas um selar demorado de lábios, mas de certeza havia sido um dos melhores. Após nos afastarmos percebi que ela estava bastante envergonhada, coisa que me surpreendeu inicialmente. Suas bochechas atingiram um tom avermelhado e ela parecia buscar olhar para qualquer canto da cela imunda, menos para mim, e isso me arrancou um leve riso anasalado. – Não precisa se desculpar. Muito menos ficar desse jeito. – Levei uma das mãos até seu queixo e segurei ali com o polegar e o indicador, fazendo-a olhar em meu rosto. – Não tem problema. Serio. – Sorri, querendo que ela se sentisse mais tranquila em relação ao que havia acontecido. Porém, antes de soltar seu rosto foi inevitável não beijá-la de novo. Um similar ao anterior. Leve e demorado.

– Eu posso parecer o tipo de pessoa que não se importa, e eu realmente não me importo, mas você parece ser uma pessoa boa, Harmonie. – Voltei a encostar as costas na parede. – Não sei bem o que espera de hoje. – Falei com sinceridade olhando em sua direção. Eu realmente não me importava com o poderia acontecer ou deixar de acontecer. Havia gostado da companhia dela e se as coisas não avançassem, por mim ficaria tudo bem. Minha fase de ‘’preciso transar com todos em qualquer oportunidade’’ já tinha passado, mas... Ninguém é puro.

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good night?

Eu não sabia o que esperar dela depois de ter dito aquilo. Geralmente as garotas ficam pensativas, concordam e se afastam, na maioria das vezes até vão embora, mas Harmonie definitivamente não era como a maioria. Fiquei surpreendida quando, sem avisar, ela se posicionou em cima do meu colo e voltou a me beijar, dessa vez mais profundamente. Sorri internamente, satisfeita com a atitude, e não demorei a levar as mãos até sua cintura, puxando-a um pouco mais em minha direção com o objetivo de um maior contato corporal. Retribui o beijo de forma igual. Sem pressa. Nossos lábios se movimentavam em uma deliciosa sincronia. Senti um leve arrepio nos braços quando sua língua se encontrou com a minha, aprofundando ainda mais o ato. Não consegui evitar de deslizar as mãos por baixo de sua blusa para um contato direto com sua pele, porém continuei com elas em sua cintura, apertando ali vez ou outra com a ponta dos dedos.

– Diversão? Eu posso conviver com isso. – Retribui o sorriso dela. Nossos lábios estavam próximos, quase se tocando. As falas não passavam de sussurros trocados, como se fossem confidências. – Ainda tenho duvida. Que tal me convencer a te deixar ficar? – Levantei uma das sobrancelhas, com um sorriso maroto repuxado de canto. Passei a ponta da língua em seu lábio inferior bem devagar antes de prendê-lo entre meus dentes, puxando-o para trás até soltar.

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good night?

Estávamos tão próximas uma da outra que nossos lábios se roçavam de forma provocadora quando sussurrávamos. Nossos corpos também estavam colados, não completamente, mas ainda assim o suficiente para que certo calor fosse sentido no ambiente. Harmonie aceitou meu ‘’desafio’’ e se pôs a me beijar intensamente, dessa vez deslizou os lábios por toda a extensão de meu pescoço até chegar ao ponto de pulso, onde sugou com vontade deixando claro para mim que a marca ficaria ali por pelo menos uma semana, no mínimo. Sorri divertida. – Você pedindo assim... – Suspirei ao senti-la mordiscar meu lóbulo. – Eu nem tenho como negar. – Puxei o ar devagar tentando colocar os pensamentos em ordem, afinal não queria arriscar perder o controle e rasgar suas roupas de uma vez só.

Tirei uma das mãos de sua cintura e a levei até seu rosto onde fiz uma leve carícia na bochecha com o polegar enquanto fitava seus olhos intensos. – Não sei o que te fez vir até aqui hoje, mas fico feliz que o tenha feito. – Inclinei meu rosto para frente voltando a capturar sua boca.  Passei a língua devagar ao redor de seu lábio inferior pedindo permissão para prosseguir. Quando a mesma foi dada, toquei minha língua com a dela deixando a adrenalina preencher cada célula do meu corpo. Desci a mão de seu rosto até seu pescoço onde segurei com certeza firmeza, mas ainda de forma gentil. Ao nos afastarmos para buscar fôlego, deslizei a boca por seu maxilar, beijando cada pedaço que conseguia alcançar. Desci para seu pescoço onde esfreguei a ponta do nariz algumas vezes, absorvendo seu perfume. Beijei seu ombro antes de morder devagar, sem marcá-la. Tínhamos todo o tempo do mundo ali. - Tudo bem? - Perguntei baixo enquanto voltava com a trilha de beijos, agora de baixo para cima até alcançar seu queixo onde apliquei outra mordida de leve.

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good night?

– E vai melhorar. – Completei a fala antes de morder sua boca, retribuindo o beijo intenso. Deixei que Harmonie mudasse nossa posição. Eu agora me encontrava deitada e ela estava por cima sentada em meu quadril, causando uma pressão deliciosa em meu centro. Deixei minhas mãos descerem por suas pernas, apalpando suas coxas com certa força. – Você é maravilhosa. – Sussurrei ao descer os beijos para seu pescoço. Arranhei a pele macia com os dentes algumas vezes antes de chupar seu ponto de pulso forte o suficiente para deixar uma bela marca roxa. – Ops. – Brinquei.

Nosso beijo já durava vários minutos e o calor ali dentro só fazia aumentar, ainda mais com o atrito de seu corpo encostado ao meu. Subi as mãos por suas costas até alcançar o feixe do sutiã. Fiquei brincando ali, vez ou outra ameaçando abrir. Busquei em seu rosto algum indício de dúvida ou negação, mas apenas vi desejo em seus olhos. Desci as mãos até a barra de sua blusa e a puxei para cima revelando seu corpo escultural. Joguei o pedaço de pano no chão antes de deixar meu olhar vagar por seu corpo, admirando cada pedaço de pele, cada pinta, cada curva. – Uau. – Deixei escapar, ainda em um leve transe.

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good night?

Senti a respiração prender na garganta quando suas unhas arranharam minhas costelas. A partir daquele momento eu já tinha certeza de que ela não sairia dali sem, no mínimo, cinco chupões meus marcando diferentes partes do seu corpo. Arranhões são meu ponto fraco, seja eles onde forem. Meus olhos provavelmente deveriam estar com uma coloração escura, transbordando de malícia e luxúria. Harmonie não estava diferente. Tinha um ar de predadora, me olhava como se eu fosse um filhote que ela pretendia devorar por inteiro.

Passei a língua nos lábios demoradamente quando a vi retirar o sutiã deixando seu dorso completamente exposto para o meu bel prazer. Levei as mãos até seus seios e os massageei lentamente, querendo ao máximo sentir sua maciez. A mulher dava baixos gemidos e isso só me incentivava a seguir com a massagem. Seus suspiros eram como uma droga que eu queria provar cada vez mais. Passei a língua por cima de um dos seus mamilos antes de suga-lo com vontade para dentro da boca. Vez ou outra o arranhava levemente com os dentes, puxando-o para mim até soltar.

Precisava ter o atrito do seu corpo com o meu, mas sem as roupas atrapalhando. Afastei-me de seu corpo por um momento apenas para retirar minha própria camisa e jogá-la no chão. Eu não tinha costume de usar sutiã ou algo do gênero, tampouco precisava porque meus seios não eram grandes, então ficamos de forma igual. Senti seu olhar descer por meu tórax de forma examinadora e pelo sorriso que deu depois que voltou para meus olhos, tive a plena certeza de que a madrugada seria intensa.