Prison of Oblivion
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Namkuhng, Apollo

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Mensagem por Apollo Namkuhng Qui Jun 18, 2015 2:05 pm

Apollo Jae Namkuhng
Visão Aguçada | 21 anos | Inglaterra | Troublemaker | Hétero
"se não posso mover o céu, vou elevar o inferno."
personality
Caótico. A definição cai bem para o homem que segue seus instintos e age conforme seus próprios conceitos, sem dar a mínima para o que qualquer um possa pensar sobre isso. Apollo conhece gratidão, fidelidade e honra, porque mesmo entre ladrões ela existe, ainda que pouco. É sincero, preconceituoso, violento e primário em seus sentimentos, por isso pode parecer frio, distante, mas é exatamente o oposto. Apenas não sabe lidar com emoções de qualquer ordem além das que encontrou pela vida. A honra para Apollo é algo bastante volúvel, ela se molda ao que precisa ser feito e como segue seus próprios códigos, não tem arrependimentos. Tudo foi feito como deveria ser. Algo que aprecia extremamente na nova morada é o fato de poder tomar banhos, embora não seja um homem de modos ou muitas referências sociais, é no ato que se sente envolto por um profundo relaxamento, sensação nova e agradável. Sofre de uma insônia crônica e suas noites eram preenchidas normalmente por visitas aos cantos sujos da cidade, onde podia apreciar lutas e jogos. Simples de mentalidade, almeja pouco além do que tem, mas não é tolo e se tiver qualquer boa oportunidade em mãos, ele a tomará.

life story
[align=right]“Dois tiros disparados. Pop, pop. Tudo acalma.
Eu posso sentir meu coração por todo o meu corpo, em todos os lugares, até os dedos dos pés. Diga-me, você já viu uma bala penetrar na pele? Rasgar através da carne?
Eu espero, por você, que a sua resposta seja não. Um empurrão e o soltar. Líquido carmesim. Fluindo rápido. Tão brilhante, tão fresco. Cheira a ferro. Seu perfume: rico e espesso. Como eu poderia descrevê-lo com coerência? Suave.”[/align]



Era um dia frio. Durante toda aquela semana havia geado e mesmo o sol do meio dia não conseguia derreter o branco da pastagem. Não soprava o vento. Todo o mundo parecia estar pálido, estático. Havia apenas um garoto sentando sozinho na trilha funda que levava a estrada principal do pequeno aglomerado de homens e mulheres arremessados em Peckham. Tinha 7 anos e movia-se como um fantasma em farrapos de marrom e verde musgo, sangue e lama, quando Aloys o encontrou. Não tinha voz. Apenas o forte olhar sobre qualquer um que lhe dirigisse a palavra. Aloys Druivar era o nome e rosto da liderança de um grupo infrator, eram a escória da escória atirada naquela casa de infiéis e indesejados pela sociedade e suas regras, reinos e ricos. O garoto divertia Druivar com seu silêncio. Era magro, olhos cortantes, obediente em suas tarefas. Caminhava com as sombras de seu interior, crescia com as habilidades trabalhadas pelo dono empregador. Não era como filho, mas havia entre o chefe e ele certa proximidade, no entanto, a qualquer falha ou desavença, era recordado de que sua vida fora salva e de todas as bençãos que Druivar derramara sobre ele ao lhe dar uma família, alimento, ensinamentos. Aos 14, Apollo tornou-se responsável pela coleta. Era bom com números, melhor ainda com punições. O pagamento era uma pequena compensação pela paz provida pelos Oorlog, diminutivo para o apelido de weg van die oorlog, os “afasta guerra”. Qualquer comerciante, prostituta, artesão, fosse de bem ou dos guetos entre ruas sujas, nas lutas entre animais selvagens arquitetadas e lucrativas ou entre homens cujo a reputação valia pouco em contra ponto aos punhos que lhe forneciam sobrevivência. Qualquer um deveria pagar para que a “guerra” não chegasse aos seus. Velhos costumes não morrem em novas terras. Não importa que mudem de nome ou de tempo.



Os anos de silêncio foram quebrados com poucas palavras, apenas as necessárias ao seu ofício de cobrador, enquanto seus punhos ecoavam alto nas rinhas de luta que participava na adolescência severa, plena de violência e sangue, do mesmo sangue que recordava ter lhe manchado naquela noite em que o pai fora morto. Estava sob o assoalho. “Esconda-se.” Ele ordenou retomando a lucidez que a bebida roubava na maior parte do tempo. Era um bastardo, o pequeno que fora acolhido por Aloys. Tinha nas veias o sangue da mãe que não o quis, jamais teria o nome da casa materna, bastardo e condenado aos poucos cuidados do homem perdido e bêbado que tinha em sua posse apenas um bem precioso herdado por antigos de sua linhagem perdida e apagada. Estava sob o assoalho do casebre de madeira e palha que ocupavam. Foi pelas frestas da madeira estufada pela umidade do clima daquela época que escorreu sobre ele o elemento que lhe marcaria por toda a existência, ainda que não soubesse de sua grandiosidade. As marcas feitas de tinta sobre a tez de cor conclusivamente herdada da mãe, já que o pai era um mestiço remanescente dos antigos povos que ocuparam a região antes das mudanças, cobriam a marca indelével e invisível das gotas rubras que o banharam. Sempre guardou para si um inexplicável sentimento; poder talvez copiar alguém, embora não soubesse como fazê-lo ao bel prazer. Soube disso também naquela fatídica noite, mas ignorou o quanto pode em sua nova vida com Aloys e os outros. Jamais desejou ter parte com anormais, seu trabalho era braçal, sua constituição era completamente humana, não fosse pelo seu olhar mais aguçado sobre tudo e todos.



Era noite outra vez. Anos mais tarde. Dormiam quando o fogo se entranhou na pequena casa que era somente sua. “Seus amigos estão mortos, Oorlog.” Sorriu, revelando os dentes podres, o homem com a cicatriz no pescoço. “Sei de um castigo que gosta de aplicar. Acho que é hora de receber o mesmo, maldito.” E tirou da cintura a faca em prata que reluzia frente as chamas consumidoras do que chamou de lar por algum tempo. Dois homens o seguravam, um deles escuro como a própria noite, mas ambos grandes como bisões. Apollo usava particularmente de mutilação para devedores, não que gostasse do ato, mas lhe parecia estranhamente divertido ver homens sem orelhas, ainda que o intento da ação fosse o de implicar terror e forçar obediência. E foi ao se mover em direção ao jovem preso que a falta de uma de suas orelhas foi dada pelos olhos arregalados do cobrador Oorlog. O homem se aproximava e o debater do corpo esguio de Apollo causava pouco ou nenhum efeito aos que lhe aprisionavam com firmeza e dedicação. As pernas longas retorcidas, faziam os pés descalços de quem fora pego de surpresa encontrarem o chão batido de areia com violência. E ele bufava em um rancor impotente, um ódio transbordante, uma força que emanava em um êxtase, contudo, insuficiente para salvar a si mesmo. Todos os músculos se retesavam, talvez por isso tenha levado mais que um momento para recuperar o domínio deles, ao ver tombar o corpo baixo do que lhe ameaçava com a faca em punho. O som estridente só capturado por seus ouvidos pouco antes da queda do segundo, o bisão negro, lhe dando liberdade, ao passo que o último tentava fugir em disparada. Atordoado, Apollo buscava seu salvador, embora em sua mente tortuosa, não acreditasse nisso. Mas para sua resposta, houve mais um tiro. Estava só novamente. E como o fantasma que se tornara aos 7 anos, acordou em Oblivion para viver uma nova vida, não tão diferente assim da anterior.

delict
Roubo, extorsão como profissão, tortura, mutilação e luta clandestina.

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Apollo Namkuhng
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Mensagem por Convidado Qui Jun 18, 2015 2:29 pm


Aprovado


Temos aqui um tipo de troublemaker com grandes personalidades. Continue agarrando a fieldade para si, assim como toda sua gratidão e honra. Sinto muito por suas noites mal dormidas, assim como seu mal sangue bastardo, porém se hoje está conosco percebera que muitas coisas podem mudar, começando por você! Considere isso como um recado amistoso. Não que vosmecê necessite.
Bem vinda a Oblivion.


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