Prison of Oblivion
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[FP] Wilde, Théophile

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Mensagem por Théophile Wilde Qua Jun 24, 2015 11:31 pm

Théophile Wilde
Telecinese | 17 | França | Pacific | Homossexual
I pray every single day for a revolution
personality
Théophile é o tipo de garoto que se amarra num bom romance, sabe? Daqueles que desafiam a lógica de tão açucarados! Nega a existência do amor com todas as suas forças, mas no fundo, sonha com o seu príncipe encantado e tem uma infeliz mania de se jogar de corpo e alma em relacionamentos... isso provêm da ausência dos pais durante a sua infância, isso o deixou marcado interiormente, uma cicatriz profunda. É carente e teimoso.
life story
Um suspiro sôfrego escapou por meus lábios, que estavam secos e rachados devido aos efeitos colaterais dos medicamentos que me forçavam a ingerir semanalmente. O silêncio absoluto e pessimista estendia-se sobre o corredor, intimamente, eu acreditava que ele servia como um calmante, era como se carregasse uma energia negativa e que pudesse tomar a forma dos seus pesadelos e lamentações. Ou você sucumbiria a loucura ou entraria em estado vegetativo. Me remexi na cama dura, procurando um posição confortável. Meus olhos foram diretamente para o teto, pintado com uma tinta branca que transmitia frieza, uma avalanche de memórias invadiram meus pensamentos, era involuntário.

Um dia normal, em uma escola normal em um ano normal. Ou então, quase isso. Assim que o sinal tocou anunciando o fim de mais uma maçante semana de aulas o corredor do colégio se encheu de alunos eufóricos. Théophile passou por todos eles, queria sair logo daquele lugar e ir para a sua casa. Esbarrou em alguns, empurrou outros, tudo que ele queria era ver o tão amado namorado. Ele teve sorte, um incêndio fez com que os policias abrissem um atalho e usassem as ruas vizinhas como suporte para o trânsito engarrafado. Com isso o garoto conseguiu chegar quase uma hora mais cedo da escola. Ele subiu as escadas correndo, e parou na porta para tomar um pouco de fôlego. Se recuperou e abriu a porta, que para sua surpresa estava aberta. Ele conseguia ouvir a voz do namorado, bem fraquinha, o garoto estava com os fones de ouvido bem altos e neles tocavam a sua música favorita. Olhou sorridente para a sala. Existia pendurada uma faixa, escrita: Feliz aniversário de namoro! Nas paredes fotos dos dois juntos: A primeira festa dos dois, o passeio deles no zoológico da cidade. Eram muitas lembranças. Ele olhou para a mesa e sorriu mais ainda. O namorado tinha feito um bolo, mas Théophile sabia que cozinhar não era o forte do companheiro. O bolo estava amassado, como se estivessem sentado nele. A mesa estava suja com o glacê. O apartamento não era grande, tinha uma sala pequena que ficava junto com a cozinha, um corredor pequeno ligava a sala para o quarto e banheiro. Quando chegou na porta do quarto o seu coração gelou. A música parou de tocar, e naquele momento só existiam duas pessoas no mundo, ou melhor, três. Seu namorado estava deitado na cama, e sobre ele estava a simpática e bem apessoada vizinha. As roupas estavam caídas ao lado da cama e eles se atracavam como se estivessem lutando. Ela gemia de prazer e levantava a cabeça, enquanto o outro mexia os quadris e fechava os olhos. O garoto continuou parado, olhando aquela cena, sem saber o que fazer. Segundos atrás ele estava animado por comemorar o aniversário de namoro ao lado do cara que ele mais amava na face da Terra, e naquele momento tudo tinha ido pelos ares. O namorado de Théophile abriu os olhos, com uma sensação estranha, ele olhou para porta e viu o pobre garoto em estado de choque, ele não perdeu tempo e empurrou a mulher da cama. – Não, não amor. Eu posso explicar, juro que posso – Falou o rapaz se levantando e cobrindo a ereção com um lençol. A mulher rapidamente se colocou de pé, atrás dele, o segurando pelos ombros. – Shhh, deixe ele, vamos terminar o que começamos. Ele a tirou de perto mais uma vez, e caminhou na direção do namorado, este por sua vez deu um passo para trás, ainda de olhos arregalados e com lágrimas começando a brotar, o menino tremia e estava ficando pálido. – E-e-eu não acredito que você fez isso – Gaguejou o menino. Mas a garota não iria se contentar só com destruir o casal da casa ao lado, ela queria mais, mostrar o quanto ela poderia ser melhor, e o quanto ela poderia satisfazer mais o namorado do outro. Assim que Théophile saiu da porta do quarto e caminhou trêmulo até a sala, e a menina o seguiu enquanto Ícaro se sentava na cama e segurava forte a cabeça, perguntando o que tinha feito. – Você realmente achou que poderia segurar esse homem por muito tempo? – Ela falou apertando o menino pelo braço – Seu homem não ia aguentar muito tempo sem mim, eu só te fiz um favor. Ele me contou que vocês queriam se casar, imagine só, você chegar em casa e dar de cara com ele comendo a empregada. – Ela falava com um sorriso sarcástico no rosto. Mais uma vez o menino não tinha resposta. De repente tudo não fazia mais sentido. A sua vida, os seus planos, tudo tinha sumido em poucos minutos. O menino ficava de cabeça baixa enquanto a mulher fazia uma pose vitoriosa. Naquele momento ela estava quase que satisfeita por completo, só faltava um último detalhe. – Caso não saiba, seu namorado faz um ótimo oral – Ela falou começando a sair do apartamento – Transar sobre o bolo de aniversário de vocês foi maravilhoso, eu conseguia sentir o gosto de glacê nos nossos beijos. – Ela falou por fim na porta, saindo em direção ao corredor comum do prédio. Foram poucos segundos, assim que a mulher sumiu Théophile foi tomado por uma fúria imensa. A tristeza foi substituída pela raiva, ele cerrou os punhos e se recompôs. Sentiu algo fluindo em seu corpo, algo novo, melhor do que qualquer transa que ele teve, melhor do que qualquer coisa que ele fez na vida. O menino se sentia diferente, não se sentia mais triste, tinha sede de algo novo. De vingança. Ele tentou alcançar a mulher seminua no corredor, mas ela fora mais rápida e entrou no elevador do prédio. Por poucos segundos o menino conseguiu ver, ela mandando um beijo de forma debochada enquanto as portas se fechavam, assim que terminou a sua performance ela pode ver o ódio no rosto do garoto enquanto a única fresta entre os dois sumia. O garoto olhou para o painel digital do elevador, sentindo todo o ódio de ser traído, ser trocado por uma pessoa tão baixa. O painel piscou em resposta as emoções do garoto, ele cerrava as mãos e focava mais a raiva na mulher, daria tudo para que ela sentisse uma dor pior do que a dele. Novamente o painel piscou, e dessa vez as luzes do corredor fizeram o mesmo. A sede de vingança do menino só aumentava, e conforme isso acontecia as luzes piscavam mais. E de repente o prédio tremeu, e um som alto fez todos os moradores abrirem as suas portas para verem o que tinha acontecido. O menino apertava o botão que chamava o elevador com os olhos arregalados, o que ele tinha feito, afinal? Os vizinhos viam o espanto estampado na cara do menino, assim como lágrimas que brotavam sem parar, eles formavam um círculo em volta do garoto que estava pálido, ainda pressionando o botão que chamava o elevador, mas o elevador não veio, porque tinha caído, destruindo a entrada do prédio quase que por completo, e dentro da caixa de metal o corpo de uma mulher, completamente destroçado pela queda. Tudo acontecera tão rapidamente, dois homens enormes surgiram do nada e disseram que me levariam para um hospital, injetaram algo no meu braço e acabei dormindo... E quando acordei, estava aqui.
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Homicídio doloso.

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Théophile Wilde
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Mensagem por Frank Scherbitsky Rose Qui Jun 25, 2015 6:13 pm


Aprovado


A procura da outra metade da laranja, que dó. Gostei da forma como narrou sua história, algo bem interessante. Espero que sobreviva dentro da prisão, ter um bom coração nem sempre é bom.
Bem vindo a Oblivion.

Frank Scherbitsky Rose
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