Prison of Oblivion
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[FP] Rodgers, Nicholas

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Mensagem por Christopher Frostwood Qui Jul 02, 2015 12:40 am

Nicholas Rodgers
MAGIA OPOSTA | 16 ANOS | CANADÁ | PACIFIC | HETEROSSEXUAL
IN THE BRIGHTEST DAY, IN THE BLACKEST NIGHT
personality
Eu sou bem alegre, na maior parte do tempo. Estou me divertindo, fazendo piadas, tentando ser feliz. Eu costumo evitar os pensamentos e sentimento ruins porque eles atraem as sombras, mas as vezes é difícil. Eu me assusto fácil, principalmente quando estou longe dos meus pais. Depois que eu descobri esses “poderes”, eu não saí muito de casa, então praticamente qualquer lugar me é arisco pra mim. De qualquer forma, eu não gosto de usar meus poderes, nem os de luz, isso é estranho e eu tenho certeza de que é por isso que eu estou preso. O que me leva a ficar assustado praticamente o tempo todo.

Não gosto de brigar, sempre fui amigo de todos, não sei lutar, para falar a verdade, então eu prefiro simplesmente conversar e tentar resolver as coisas de uma forma saudável. Não costumo fugir quando precisam de mim e tento ser bastante prestativo, mas também sou um pouco preguiçoso pra algumas coisas.
life story
Um céu azul em um dia quente de verão, uma brisa refrescante do lado de fora de uma casa bem iluminada com a luz natural que entrava através da parede de vidro da sala onde várias mulheres por volta dos trinta e cinco anos estão conversando animadamente, sentadas nos dois sofás, duas poltronas e um pufe ao redor de uma mesinha de centro com dois bules, xícaras e um pote de biscoitos está disposta ao centro de um tapete. A televisão ligada atrás das mulheres em um canal infantil enquanto a única criança no cômodo pinta animadamente um desenho de um livro de colorir qualquer, desviando sua atenção do desenho para o programa de televisão.

Consegue imaginar isso? Ótimo, porque é assim que começa minha história.

Pode parecer impossível que, no mundo em que vivemos, essa cena exista, mas ela aconteceu há mais ou menos sete anos atrás. Ela acontecia todas as quartas-feiras desde que eu podia me lembrar. Em um bairro simples e conservador no Canadá. Aquele era um dos poucos lugares que havia sofrido menos com aquilo que minha mãe chamava de “Progresso Pelo Progresso”. Minha mãe e suas amigas reunidas, conversando no dia de folga delas e eu, sempre presente, mas muito ausente também.

“Nicholas é um amor! Aposto que ele vai ser um garoto muito bom quando crescer!”, comenta uma das amigas de minha mãe com seu cabelo loiro pintado, com as raízes castanhas aparecendo onde os volumosos cachos aparecem, deixando seu rosto rechonchudo ainda maior e mais amigável. Olho imediatamente para a mesa, todas se viram para me encarar com grandes sorrisos que, sem eu perceber, eu retribuo. Minha mãe tinha o sorriso mais alegre de todos. O sol batendo em seu rosto, deixando-o brilhante e iluminado devido o bronzeado, os cabelos castanho-arruivados presos apenas de um lado por uma presilha escorrendo de maneira uniforme e bonita até a metade de suas costas, e seus olhos verdes brilhantes dançando.

Meu sorriso cresce e eu corro para ela, abraçando-a sem dizer nada. Ele retribui o abraço, ainda sentada, fazendo carinho em minha cabeça. Ela pega um biscoito do pote e o entrega para mim, sussurrando algo que eu mesmo não compreendo.

Isso acontecia com bastante frequência. Geralmente eram os dias que minha mãe estava mais feliz. Mas tudo isso mudou quando eu comecei a apresentar alguns talentos extraordinários.

A terça-feira de meio de agosto finalmente havia chegado e fico ansioso pelo dia seguinte. Isso significa as amigas de minha mãe conversando de forma animada e rindo bastante. Um barulho de fundo que eu sempre gostei. Claro que isso também significa biscoitos para mim até eu não querer mais. Meu pai, como sempre, aparece no meu quarto logo de manhã cedo, abrindo a porta devagar e colocando a cara para dentro, para verificar se ainda estou dormindo. Não estou, nunca estou. Ele sorri e entra, em seu terno bem passado e a valise preta na mão.

“Bom dia, campeão!”, ele saúda com seu sorriso matinal, caminhando até minha cama e me dando um beijo na testa, antes de se sentar. “Está tudo bem?”, ele pergunta. Balanço a cabeça afirmativamente, sorrindo para ele. Seus olhos estão cansados, mas alegres, como toda manhã. Hoje ele decidiu deixar a barba por fazer, o que era bom, eu gostava quando ele usava barba porque ficava parecendo um daqueles atores da TV que sempre fazem papéis de policiais. O cabelo castanho está em estilo militar, crescendo aos poucos e tudo isso forma uma imagem reconfortante que sempre tive. “Bom, muito bom. Agora papai vai trabalhar”. Uma pausa. “Está escuro aqui, não é?” Ele pergunta e, franzindo o cenho, concordo.

Minhas mãos saem de baixo do cobertor fino que uso no verão e, quando me espreguiço, elas brilham como se dois discos de luz estivessem presos um em cada mão. Sem eu poder assimilar o que estava acontecendo nesse momento, os dois discos disparam um contra o outro, na direção do teto e iluminam o quarto como se a luz estivesse acesa. Fico com medo e meu pai também.

Ele se levanta da cama com rapidez, me olhando como se eu fosse o responsável. Parece que vai gritar, mas, ao invés disso, ele continua olhando para mim por um segundo antes de se aproximar e segurar meus braços. Tento resistir, não quero que aquela luz apareça de novo, mas ele é muito mais forte que eu e me obriga a ver as mãos, que estão normais. Ou quase. A mão direita está levemente iluminada em relação ao resto do corpo, enquanto a mão esquerda está mais escura.

“Você não pode mostrar isso para ninguém, entendeu, Nicholas?” Ele pergunta, preocupado. Assinto com a cabeça, engolindo em seco. “Vou conversar com a mamãe. Ela precisa saber disso, mas só nós três devemos saber disso. Se você contar para alguém, vamos correr perigo”. Dizendo isso, ele sai do quarto, descendo as escadas com pressa. Ouço ele e mamãe conversando baixinho, mas não entendo o que dizem. De qualquer forma, estou com muito medo dessa luz para prestar atenção.

E assim começou. Durante aqueles três meses, foi piorando, eu parei de sair de casa e as visitas das amigas de minha mãe ficaram menos frequentes até pararem de vez. Agora não só a luz saia de minhas mãos, mas algum tipo de sombra também. Descobri que elas não serviam apenas como luz e sombra, mas que tinham propriedades “mágicas”. A luz podia trazer coisas boas e curar ferimentos, mas a sombra era fria e morta, deixando uma sensação ruim pairando no ar, além de causar medo. Foi quando adotei a alcunha de Nico Rodrick. Uma ideia minha e dos meus pais para me proteger, caso alguma coisa acontecesse.

Não voltei para a escola no começo das aulas. Minha mãe largou o emprego para me dar aulas particulares. Não confiava em ninguém para ficar comigo em casa e me ensinar, então ela mesma fazia isso. Toda vez que eu ficava frustrado ou com medo, a sombra se manifestava, mas nos momentos mais alegres, eu enchia-me com a luz.

A puberdade foi uma loucura, e ainda é. Principalmente depois do que me aconteceu. Minha mãe ter cortado relações com praticamente todas as amigas e deixado o emprego não foi uma coisa muito bem vista, e meu pai estava ficando cada vez mais estressado com o trabalho. A mudança repentina no comportamento deles era nítida, como eles falavam sobre isso toda noite.

“Encontrei com Rochelle no supermercado hoje. Ela estava preocupada comigo. Perguntou se estava tudo bem, por que eu havia saído da loja. E perguntou sobre Nicholas”. Ela explica em uma noite de outubro dos meus catorze anos. “E o que você disse?” Pergunta meu pai, receoso. “Não disse nada. Faz cinco anos que isso aconteceu. Disse que tive que mudar minhas prioridades e que Nicholas estava doente. Nesse mundo em que vivemos, isso não é algo tão chocante.” Sua voz é dura, como se brigasse com meu pai. “Eu entendo. Meu chefe também percebeu isso. Não falo muito sobre Nic no trabalho desde que começou. Todos estão preocupados”.

Era de se esperar que a paranoia continuasse. E continuou durante quase dois anos até que policiais vieram até nossa casa no inverno, acusando meus pais de assassinato e ocultação de cadáver. É fácil entender o lado deles. Devem ter recebido várias queixas dos amigos e colegas de meus pais que perceberam a mudança de humor deles durante esses anos e como eu praticamente fiquei “esquecido”. Com medo, eu tentei demostrar que estava tudo bem, mas as sombras começaram a aparecer e fui levado para longe dos meus pais.

“Parados!” Adverte o policial mais alto. Ele é negro e magro, com rosto duro e parece ser careca por baixo do quepe. Está apontando sua arma para meus pais enquanto o outro entra correndo na casa, vindo em minha direção. Esse é ruivo e corpulento. Com cara de mal-encarado. Tento correr, mas ele me agarra e me leva para fora de casa. Vejo minha mãe tentando impedi-lo, mas meu pai a segura. O policial que aponta a arma para eles começa a se afastar enquanto o outro me joga dentro da viatura, fechando a porta atrás de mim. Os dois entram no carro e saem com pressa. Olhando para trás, vejo minha mãe no meio da rua, caída, em prantos e meu pai correndo, tentando nos alcançar, ficando cada vez mais distante.

Fui dopado em algum momento entre a delegacia e a cela na qual acordei. Provavelmente fui dopado várias vezes, uma vez que apresentava várias picadas em meu braço. Estava em um lugar diferente. Definitivamente um presídio, mas eu não sabia onde. Os guardas falavam francês, mas seu sotaque era diferente. Eu conhecia esse sotaque. Era da França, não do Canadá. Eu estava muito longe de casa. E com medo. E as sombras começaram a aparecer.
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Cúmplice nos planos dos pais de falsificação de óbito. Fuga e resistência à prisão.
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Mensagem por Anthony Quinzel Qui Jul 02, 2015 7:36 pm


Aprovado



Cara, gostei muito da ficha. Foi bem pensada, bem escrita. Um errinho ou outro de português, mas todos cometemos, né? Achei um pouco difícil de entender no começo como funcionava a narração, dai eu entendi que o que você conta no passado, é o que você está contando agora, e o que conta no presente são fatos que aconteceram no passado. Tipo quando começa Flash xD

Bem, não tenho muito mais o que dizer sobre sua ficha, excerto que poderia ter caprichado um pouco mais no final. Parece que os fatos ficaram meio "corridos" do nada. Mas a ficha está aprovada.

Bem-vindo a Oblivion.
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