Prison of Oblivion
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[FP] Beaumont, Nicholas

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Mensagem por Nicholas P. Beaumont Seg Ago 03, 2015 4:48 pm

Nicholas Pierce Beaumont
Hemocinese | 17 anos | França | Rebel | Homossexual
personality
É difícil eu explicar a minha personalidade... O meu irmão está comigo? Se sim, eu irei comportar-me de forma mais protetora. Ele naturalmente é o cérebro da nossa dupla, e eu tenho que ser "os músculos". Começo a desconfiar de todos os que nos rodeiam e ás vezes isso afasta todo o mundo de nós os dois, porque ele também é mais calado então não atrai ninguém. Ele sabe trazer o melhor (e o pior) de mim. Adoro ser o irmão mais velho, até nas minhas ações. É a única pessoa que me lembro que me faz ser fofo e vulnerável.
Espere, era para falar sobre mim, certo? Perdão. Eu estou um pouco escondido numa muralha automática de defesa, mesmo quando estou por minha conta. Não confio muito nas pessoas, então não posso mostrar o meu verdadeiro eu: doido, divertido, que sempre solta aquela piada pervertida, que gosta de passar um bom tempo com seus amigos e de rir às gargalhadas. Sou, igualmente, bem sensível e também facilmente iludido. Se a pessoa me der o mínimo de razões, irei afeiçoar-me facilmente a ela. Isto também me faz apaixonar rapidamente.
Não queria falar nisto, mas acho que sou obrigado. Há um "quarto" lado meu (credo, até parece que sou complexo). A razão dos problemas do meu passado reside nesta faceta um pouco constrangedora. Do nada, ou com estimulações, fico um pouco psicopata. E com "um pouco" estou sendo modesto. A sede - literal - de sangue percorre o meu corpo e não paro até que nada que me rodeie continue se movendo. A não ser que esteja balançando sobre as suas tripas presas ao teto, aí eu deixo passar. Os estímulos são um pouco óbvios: a observação de qualquer tipo de sangue ou ver o meu irmão em risco. Ah, esqueci-me de referir o que eu queria dizer sem o controle dele. Bem, por alguma razão, ele consegue fazer-me passar para o lado de lá ou de cá. Com apenas as suas palavras, tem a possiblidade de "ativar" esta minha psicose, ou apenas me acalmar.
life story
Acho que meus pais nunca gostaram de mim. Também não tenho muitas memórias deles, de facto, afinal eu tinha apenas dois anos de idade quando fui enviado para um orfanato, juntamente com o meu irmão Pietro de um ano. Como é que alguém poderia fazer isto a dois seres divinos e fofos?
Desde então vivemos no abrigo. As condições eram horríveis, não sei sequer como aquele local estava aberto. Já era uma sorte nos alimentarem, mas tratavam-nos pior do que lixo. Não só as encarregadas, mas também os nossos "colegas de prisão". Desde que me lembro, eu e o meu irmão éramos incomodados pelos garotos que pensavam ser superiores. Isso começou a despertar o instinto protetor que eu tinha perante o meu pequeno irmão. Claro que no final eu saía todo machucado e sangrando, mas ele estava lá para me abraçar e dar beijinhos nos meus machucados que deixavam logo de doer.
No entanto, não era só esta faceta defensiva que eu comecei a gerar. A minha psicose também começou por esta altura. Observar sangue fez-me sentir estranho, como se eu tivesse necessidade de arrancá-lo das outras pessoas com as minhas próprias mãos. Deixando a minha mente voar, também me imaginava fazendo coisas obscenas com os outros, como arrancar seus olhos ou unhas, uma a uma... Contudo Pietro me acalmava e sabia diminuir esta sede daquele líquido vermelho. Em compensação eu mostrava o que ia aprendendo desde cedo. Divertia-o fazendo mágica com que o meu sangue que estava correndo. Fazia pequenas bolinhas voarem e girarem, antes de perder o controle e aquilo cair no chão. Acho que nunca controlei isto muito bem. Ele também me batia levemente na cabeça para eu ganhar juízo... Mas era divertido!
Já havíamos passado toda a nossa infância e início da adolescência ali. O meu controle sobre o sangue cada vez ia aumentando e eu podia sentir isso. A amizade e confiança entre eu e o meu irmão também se mostrava em desenvolvimento. Era bom ter alguém ali que estava do meu lado, e não contra mim. Independente disso, um dia a ficha cai. E a minha não demorou muito mais. Já tinha por volta dos quinze anos quando via o meu irmão sendo agredido fisicamente ao chegar à sala de convívio... Fisicamente? Ah, aí chega. No momento que vi uma gota de sangue escorrer do nariz do meu amado irmão, acabou tudo. Corri na direção daquele grupo de quatro garotos que o atormentavam e apenas o "líder" permaneceu ali para me enfrentar. Não esperei nenhuma cordialidade ou "apresentação". Quando me dei conta, estava sentado em cima dele socando a sua cara de cada lado de uma forma apavorante e vingativa. O sangue preenchia o rosto do garoto e as minhas mãos, fazendo a minha sede aumentar. Quando me tentavam deter, eu afastava-os e parecia que rugia como um animal, ou um humano possuído por forças paranormais. Ou ambos.
Os olhos da criança já tinham entrado para dentro do crânio quando eu senti a sua vida a sair do corpo. O auge daquela minha fase era atingido quando eu me aproximei do seu rosto e chupei o máximo de sangue que podia antes de meu irmão se recuperar e se aproximar de mim. Ao vê-lo, eu queria abraçá-lo e tirá-lo dali, mas o meu outro "eu" não reconheceu a sua família. Agora eu estava em pé segurando ele pelo pescoço, estrangulando-o com um sorriso demoníaco e com o sangue cobrindo o branco dos meus dentes. A voz dele saía trémula, mas eu finalmente consegui ouvir o seu pedido de misericórdia, inclusive a lágrima correndo do seu rosto... Foi aqui que voltei ao controle. Coloquei-o no chão e abracei-o fortemente, apercebendo-me de tudo o que fiz. Não dá para explicar a quantidade de lágrimas que saiam de mim.
Fui expulso daquele abrigo. Sim, expulso, e não preso nalguma prisão juvenil. Porquê? Porque as encarregadas daquele abrigo não queriam chamar as autoridades e dar oportunidade a elas para se aperceberem das terríveis condições que tinham. Então era mais fácil me atirar dali para fora. Eu estava agora solto nas ruas de França procurando algo ou alguém que me ajudasse. Mas tudo me ignorava. Ver as pessoas me olharem com desprezo criou uma repulsa enorme por tudo o que me rodeava. À noite eu era presenteado com a escuridão que cobria os meus crimes. Quando o meu outro lado estava libertado, eu não descansava até que o banho de sangue me cobrisse. Contudo, a partir do momento que as minhas roupas fediam e estavam completamente vermelhas, comecei a me esconder. Não sentia coragem para roubar comida, tanto que as minhas forças foram sumindo. Apenas de noite eu conseguia me abastecer, mas a dada altura a polícia já estava pronta, e eu me sentia obrigado a esconder em tudo o que era buraco. Em uma semana, eu já estava me despedindo da vida, debaixo de uma ponte, parecendo um vagabundo.
Pude sentir alguém me abraçando e gritando o meu nome. A voz eu não podia esquecer nunca, e ao abrir os olhos, vi o meu irmão chorando de felicidade e preocupação. Ele estava quase enfiando a comida pela minha garganta a baixo, e depois de tossir várias vezes por causa daquela violência toda, consegui retomar a mim e ficar feliz por o ver. Ele havia fugido de alguma forma e trouxe alguma comida. No entanto, não era muita...
Era engraçado ver o meu irmão tão calmo e amável ser o cérebro de operação na prática de crimes. Cometidos por uma dupla formidável, óbvio. Não sei como, mas quando precisávamos, parecia que ele sabia de tudo que ia acontecer. Fazia-me duvidar de suas escolhas, a início, mas logo eu era todo de ouvidos quando roubávamos aquela mercearia. Sempre que eu me sentia indo para o lado de lá, ele me acalmava, e eu sabia que não podia voltar a ser assim. Não perto dele. Assim fomos, a dupla  perfeita conseguia se alimentar.
Mas tudo o que é bom um dia acaba. O fatídico dia chegou. Estávamos cercados pela polícia, e não sei porquê, mas o meu irmão não pode precaver isso. Ele estava sério quando me disse para eu deixar aquele meu lado se libertar. Eu não queria, não queria mesmo, mas parecia que "ele" estava à espera daquela permissão para se soltar. Assim o fez. Eu apenas tive tempo de chegar num dos polícias e enfiar, com cada mão, os cinco dedos juntos nos seus olhos. Eu acho que tenho um fascínio por olhos. Depois lembro-me de um outro homem correr na minha direção com uma arma de raios e... Desmaiei.
Agora eu e o meu irmão estávamos a ser bombardeados de acusações. Fomos presos tendo eu dezassete anos e ele dezasseis. Pelo menos estávamos juntos, e nada nos afastaria. E, por mais que eu tentasse reverter isso, ele não podia parar de se sentir culpado por ter deixado eu me libertar e apenas dar mais razões para eles nos prenderem. Isto fazia com que eu prometesse a mim mesmo o seguinte: eu vou tirar o meu irmão dali. Nem que isso custe a minha vida.
delict
Fui acusado de homícidio em massa, roubo e agressão a um policial com a ajuda de um cúmplice.
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Mensagem por Anthony Quinzel Qua Ago 05, 2015 9:38 pm


Aprovado



Sua ficha ficou muito boa, simples, sucinta, com uma ótima história e bom desenvolvimento.

Bem-vindo a Oblivion.
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